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quarta-feira, 4 de maio de 2011

Matéria do jornal "O EXTRA" do dia 30/11/2009

O estudante Felipe Soares de Souza mostra o desenho do teatro que ele quer que seja construído na Rocinha. Foto: Cléber Junior / Extra

A Favela da Rocinha está mudando de cara. Obras dos governos federal e estadual estão transformando a comunidade no bairro que ela já é, mas apenas no nome. Para isso, os moradores tiveram um papel fundamental: eles indicaram os tipos de intervenção que gostariam de ver no local. A partir daí nasceram as ideias do centro esportivo, do parque ecológico e da Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

Felipe Soares de Souza, de 11 anos, nasceu e sempre $na Rocinha. Graças à profissão da mãe - diretora de cultura da Associação de Moradores - já conseguiu ir ao teatro, uma de suas paixões, cinco vezes. Mas sempre acompanhando os grupos levados por Selmita Soares, de 38 anos.

- É complicado porque são lugares distantes, como Leblon e Gávea. Quero um teatro aqui, perto da minha casa - disse Felipe.

Ele e Selmita participaram da Oficina do Imaginário, promovida pela Empresa de Obras Públicas do Rio (Emop) em junho deste ano, $saber os desejos dos moradores. O sonho do menino foi colocado no papel, com lápis e hidrocores coloridos.

- Também pedi um parquinho, com brinquedos. Aqui não tem parquinho. Temos que brincar dentro de casa - contou o garoto.